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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Assédio Sexual


 Assédio sexual significa:

Introdução: O Assédio Sexual  consiste em manifestações explícitas ou implícitas constantes, de cunho sensual ou sexual, sem que a vítima as deseje. Ou seja: é “forçar a barra” para conseguir favores sexuais. Essa atitude pode ser clara ou subtil; pode ser falada ou apenas insinuada; pode ser escrita ou explicitada em gestos; pode vir em forma de coação ou, ainda, em forma de chantagem. Por outras palavras, o assédio sexual é o acto de “ constranger alguém com o objectivo de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior  hierárquico .
A bíblia nos conta uma história em Gênesis 39 sobre assédio sexual. Vejamos!

“ o Senhor abençoou a casa do egípcio por causa de José. A bênção do Senhor estava sobre tudo o que Potifar possuía, tanto em casa como no cam­po”(Gn.39)

José havia sido levado para o Egito, onde o egípcio Potifar, oficial do faraó e capitão da guarda, comprou-o dos ismaelitas que o tinham levado para lá.  O Senhor estava com José, de modo que este prosperou e passou a morar na casa do seu senhor egípcio.   Quando este percebeu que o Senhor estava com ele e que o fazia prosperar em  tudo o que realizava, agradou-se de José e tornou-o administrador de seus bens. Potifar deixou a seu cuidado a sua casa e lhe confiou tudo o que possuía.  Por causa de José  a bênção do Senhor estava sobre tudo o que Potifar possuía, tanto em casa como no campo. José era atraente e de boa aparência, e, depois de certo tempo, a mulher do seu senhor começou a cobiçá-lo.

Evitando o LAÇO: O percurso da mulher de Potifar precisa ser evitado.
O caminho da mulher de Potifar pode ser os de muitos homens e mulheres que servem ao Senhor. Certamente muitos  têm trilhado o mesma caminho do erro.
Talvez esta mulher  tivesse hábitos adúlteros e José fosse mais um em  sua lista.  Provavelmente,  por causa do seu comportamento irresponsável, tenha-se deixado encantar pela inteligencia, beleza, e porte físico do hebreu. A mulher de Potifar desejou o jovem  José.
Não é novidade para ninguém do meio cristão que há mulheres e homens assim que, de repente, são tomados por uma paixão arrebatadora, proibida ou não, capaz de levar-lhes a atitudes impensadas.  Todos estamos sujeitos as mesmas paixões, tentações, dizia Paulo.
A senhora  Potifar se sujeitou a essa paixão,  o fruto deste desejo lhe era proibido. Esse desejo certamente nasceu de um olhar, ela o observava, acompanhava tudo o que José fazia com atenção. Ela o cobiçou porque olhou, e de maneira que não deveria olhar.  O interesse aumentava a medida que o Jovem José não a olhava da mesma forma.
José lhe era cada dia mais querido a paixão só aumentava.Ele era solteiro, mas ela era casada. Ele era um escravo, mas ela era  aristocrata. Para ela, aquela seria mais que uma aventura;  uma conquista, uma afirmação da sua posição social.
 Todos essas diferenças  não a impediram de traçar seu seu plano de sedução, ela não deixou  de cobiçar  José. A atitude certa a fazer era afastar-se do rapaz, deixar de olha-lo, evitá-lo, remanejá-lo para outro lugar, etc. Porque esta é a decisão: quem quer parar de desejar tem que parar de olhar. Há sempre convites ao olhar, uma porta para o desejar. Todo dia o pecado nos cerca por todos os lados. A sedução para o erro está em toda parte. Não faltam tentações. Resisti ao diabo e ele fugirá de vos.
"Se o seu olho o fizer tropeçar, arranque-o e jogue-o fora. É melhor entrar na vida com um só olho do que, tendo os dois olhos, ser lançado no fogo do inferno" (Mateus 18.9). Afinal,  são os olhos que iluminam o corpo (Mateus 6.22).
A sagaz senhora  Potifar planejou o ataque. Ela esperou a hora oportuna, quando não houvesse testemunhas para sua traição. A mulher de Potifar tinha controle da situação; por isto, enquanto esperava, insistia. Ela assediava  José todos os dias (verso 10). Ela sabia que ninguém resistia uma tentação permanente, insistente e persistente. Ela contava com a fraqueza de José; um dia, ele cederia; uma dia, sua defesa ruiria; um dia, as barreiras desabariam.Este é o objetivo da tentação, minar suas forças. A mulher de Potifar conhecia a alma humana; só não conhecia a alma forte de José, não conhecia a fidelidade de José.
A tentação não enredou José, mas derrubou a mulher. Como José lhe disse "não", ela perdeu o controle da situação, controle do qual até então se orgulhava. O desejo produz o desequilíbrio interior. Como diz Tiago, "cada um, porém, é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por este arrastado e seduzido. Então esse desejo, tendo concebido, dá à luz o pecado, e o pecado, após ter se consumado, gera a morte" (Tiago 1.14-15).
Rejeitada, quis José assim mesmo. Recusada, agarrou, mas só conseguiu reter o seu manto, não o seu corpo. Repudiada, transformou seu desejo em ódio, a verdade em mentira, com o manto na mão. É certo que todo pecado inclui a mentira. Faz parte do contexto de todo pecado. Tente pecar sem mentir; não pecará. Em sua mentira, envolveu o próprio marido.
Por que a mulher de Potifar escolheu este caminho?
a.    A mulher de Potifar colocou o estético acima do ético ao seduzir José.
Para ela, a busca e a vivência do prazer estão acima do dever; o momento vale mais que a duração; o agora não precisa do amanhã.
b.    mulher de Potifar só queria usar José para ela, as pessoas são seres ou corpos que podem ser utilizados e, depois, jogados fora;não há dignidade no outro, visto apenas como um objeto de satisfação. A prova da sua visão pragmática está no fato que, não podendo usar José, acusou-o do que não fez, pondo injustamente em risco a vida do escravo outrora desejado. Para ela, e para muitas pessoas, os fins justificam os meios.
c.    A mulher de Potifar usou de sua posição superior para assediar José.
Ela é o chefe que assedia. E ao fazer, dão ao outro a impressão que quem cede lhe é igual. No caso de José, ela tentava lhe dizer, ao lhe tentar, que se ele cedesse, deixaria de ser escravo, ascenderia socialmente, trabalharia menos, teria um futuro melhor. A mentira era parte integrante da sua tentação, que era assim mais forte. Ela é o forte que diminui. Ela é como aquele ou aquela que recebe quem precisa de ajuda e se aproveita desta condição para diminuir o outro, afirmando a sua força pela fraqueza do outro. Há várias maneiras de se abusar do outro; o abuso sexual não é a única violência que se pode cometer. O abuso pode ser emocional, profissional ou espiritual. E todos que estão na condição da mulher de Potifar podem agir como ela.

Conclusão: A Bíblia,  que fala de um Deus nos contempla, nos convida ao equilíbrio, não à negação, entre prazer e dever. O ensino bíblico é que não sejamos como a mulher de Potifar, e o somos quando pomos o estético acima do ético, em qualquer campo de nossa vida, e não apenas na área sexual.
A Palavra de Deus nos ensina a viver de modo santo, que é o modo que vale a pena, mesmo quando o modo santo nos põe em  confronto com desejos fugazes. Somos como a senhora Potifar quando desprezamos as verdades espirituais.
‎Reflexão: "E, diante de tantos caminhos, convenço-me cada vez mais que ser cristão é realmente para pessoas que abrem mão de aventuras passageiras para trilhar no Único Caminho que conduz à vida eterna e que leva ao Pai."

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