Translate

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Educação de filhos: com ou sem palmadas?


Li artigo abaixo e concordo plenamente com o Prof. Apolinario, muita gente dando pitaco na educação dos filhos e na familia alheia, até os governantes querem ditar regras de como voce deve educar seus filhos(Lei contra a palmada), nunca se observou tanta delinquencia como temos visto na atual sociedade, fruto de uma educação liberal, sem limites, muito blablabla e pouco resultado. o interessante é que o governo deveria preocupar-se mais com uma educação de qualidadecom a saude das crianças, segurança e quais o metodos socioeducativos empregados nos delinquentes existentes e os que estão em formação com tanta liberalidade. HIPOCRISIA!leia o artigo com atenção querido leitor!!!

A revista SuperNanny número 11, aborda, em Matérias Especiais, a polêmica questão da atualidade no que tange à educação de filhos: as palmadas. Segundo a reportagem – que relaciona punição (utilizando os termos palmadas e tapinhas) a birras -, “quem ama não bate” e o “tapinha” está “totalmente fora de moda, considerando o castigo físico um método arcaico”.
Para Cris Poli (SuperNanny – modismo atual), “o tapa não educa”. Seu ponto de vista é reforçado pela opinião da psicóloga Lídia Weber – a qual afirma que “disciplina não é sinônimo de punição” – e pela psicopedagoga Maria Rocha – que sugere o recurso do elogio para “mostrar aos filhos o que é certo e o que é errado”.
Antes de citar o pensamento de outros autores, é bom observar que a reportagem em nenhum momento relaciona as palmadas e os tapinhas à desobediência dos filhos, e também que a psicologia, desde que passou a dar palpites na educação familiar e na educação formal (a partir da década de 1950), com as frescuras de traumas e auto-estima, tudo piorou no que se refere à falta de limites de crianças, adolescentes e jovens, o que refletiu na sociedade, e cujos frutos estamos colhendo atualmente. Segundo Dante Donatelli (1), contrapondo-se aos pontos de vista da reportagem da revista, “punir, e não castigar, é educar”. Ou seja, ele está dizendo que ‘punir é educar’, enquanto que ‘castigar’ não o é. No entender do filósofo e educador, depois do envolvimento da Psicologia “no interior da escola e de sua absorção como parte do entendimento da vida escolar cotidiana” implicou na desordem e no desencontro das relações disciplinares. Segundo o professor – que também é pai e já atuou como orientador pedagógico -, “é hipocrisia achar que uma palmada causa traumas a uma criança e dizer que se educa apenas com o diálogo”. Para ele (numa referência ao Projeto de Lei), “proibir os pais de dar palmadas leves nos filhos é uma medida autoritária, uma falta de bom senso” (2).
Curiosamente, a mesma psicóloga que chama as palmadas de método arcaico recomenda um outro método que foi banido das salas de aula há muitas décadas por ter sido considerado humilhante: colocar a criança voltada para a parede após fazer algo inadequado (item 2 das alternativas para o ‘tapinha’). Não seria uma contradição? Entre outras coisas, Lídia Weber aponta quatorze motivos para considerar a palmada ruim. Senão vejamos alguns deles e os comentemos:
- mostra aos pequenos que os adultos não têm controle – ela considera todos os pais que dão palmadas nos filhos – leves ou fortes – como sem controle? Com base em que ela pode afirmar isso tão categoricamente?
- diminui a auto-estima – a maioria dos jovens e adultos de hoje que levaram palmadas corretivas quando crianças têm boa auto-estima; nunca se sentiram menores por causa disso;
- prejudica o relacionamento futuro dos pequenos – balela! Isso é muito relativo. Quem levou palmadas corretivas por desobediência geralmente tem bom relacionamento com os pais e com outras pessoas;
- não funciona a longo prazo, pois traz danos emocionais, psicológicos e morais – as palmadas corretivas no tempo certo e por desobediência funcionam e muito bem a longo prazo. Os danos emocionais, psicológicos e sociais estão mais relacionados à surra, ao espancamento, à violência física contra a criança, e não às palmadas e aos tapinhas;
- eticamente condenável e moralmente errada – e essa sociedade que torna tudo relativo sabe o que é ética e o que é moral?
- enfraquece a confiança do filho nos pais – muito pelo contrário! As palmadas corretivas fortalecem o relacionamento entre ambos, pois são praticadas com amor.
Algo bem interessante é que tanto a psicóloga quanto SuperNanny, em toda a reportagem, tão-somente se referem a ‘palmadas’, ‘tapinhas’ e ‘birras’. Em momento algum mencionam surras ou espancamentos e muito menos desobediência. Assim, os pontos de vista das duas profissionais, incluindo também a psicopedagoga, são controversos, haja vista que não se bate em crianças por causa de birras – ainda que alguns pais ignorantes o façam, não se pode tomar isso como referência –, e palmadas e tapinhas no bumbum não traumatizam criança alguma se aplicados com sabedoria e no momento certo, e por desobediência.
Vejamos o que ensina a Bíblia a respeito da educação de filhos. Talvez, assim como as entrevistadas – inclusive Cris Poli, dita evangélica – consideram tal método de educar arcaico, provavelmente a considerarão arcaica também, uma vez que, segundo a reportagem, “é difícil encontrar algum psicólogo que defenda o uso – mesmo que esporádico – do castigo físico na educação das crianças”. No livro de Provérbios e no livro de Eclesiástico encontramos os melhores ensinamentos para a correção de filhos apresentados na Palavra de Deus. E para começar, a Bíblia distingue palmadas corretivas e espancamento, como em Provérbios 19:18: “Corrija os seus filhos enquanto eles têm idade para aprender; mas não os mate de pancadas” (BLH) (3). A psicóloga, a psicopedagoga e SuperNanny não o fizeram; simplesmente generalizaram tudo em uma mistura atrapalhada.
A Bíblia ensina, em Provérbios 13:24, que o pai e/ou a mãe “que poupa a vara odeia (não ama) a seu filho, mas o que o ama a seu tempo o disciplina (castiga-o enquanto é tempo)” (BJ, AEC, BLH) (4). Provérbios 23: 13 e 14 aconselha a não deixar “de corrigir a criança”. Segundo seus ensinamentos, “umas palmadas não a matarão”. E conclui: “ Para dizer a verdade, poderão até livrá-la da morte” (BLH) (5). De acordo com Provérbios 22:15, “a vara da disciplina” afastará a criança da “estultícia” (da tolice, da estupidez – ou seja, das coisas erradas) (BLH) (6).
“A vara” (a palmada) “e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma (quando todas as suas vontades são feitas) envergonha a sua mãe” (Provérbios 29:15 – BJ, AEC, BLH) (4). A palmada aplicada devido à desobediência, seguida de diálogo, explicações e limites lógicos, segundo a Bíblia, dão sabedoria à criança, e seus frutos a seguirão quando adulta.
O livro de Eclesiástico (exclusivo da versão católica), em seu capítulo 30, apresenta direcionamentos bastante interessantes e precisos em relação à educação de filhos. Na segunda parte do verso 13, aconselha ao pai e à mãe:
“… bate-lhe nos flancos enquanto é menino; do contrário, uma vez obstinado, te desobedecerá e ser-lhe-á motivo de contrariedade” (BJ) (5). No verso primeiro, afirma que os pais que amam seus filhos usarão “com freqüência” a correção física (as palmadas); e na primeira parte do verso 9, diz: “Mima teu filho e ele te aterrorizará” (BJ)(6). Mimos em excesso, portanto, são extremamente prejudiciais.
Portanto, contrapondo a reportagem da revista em questão com a sabedoria bíblica, podemos perceber que esta última é mais lógica, de maior bom senso, sem contradições, bem mais sábia, e ideal para ser seguida pelos pais nos dias de hoje. O que não podemos é confundir as coisas. Há uma grande distância entre uma palmada corretiva por desobediência e uma surra ou espancamento. E a reportagem não foi muito feliz nesse sentido. Infelizmente, pois, como SuperNanny se tornou um modismo atual, acaba influenciando de forma errada e distorcida os pais, já tão desorientados quanto à educação de filhos. Entretanto, é bom aqui ressaltar, que não estou fazendo apologia à violência contra, principalmente contra crianças, o que sou radicalmente contra. A minha intenção, na análise do artigo da revista, é afirmar que os filhos precisam conhecer limites. Nada mais.

Prof. Maurício Apolinário (sobre o autor)
é autor do livro “A arte da guerra para professores”

fonte: http://www.anitamulher.com.br

Um comentário:

  1. Dou enfase aos trechos biblicos mto bem colocados pelo Prof. mesmo sendo considerada arcaica a Biblia, o que não é, ela deveria ser o manual de regra de todos os seres humanos, ela esta totalmente certa quando diz que quem não corrigir sua criança será envergonhado,o que mais temos observados são mães, pais, avós, passarem muita vergonha por conta da falta de educação dos filhos, isto está ultrapassado? Não é bem atual. Deixo aqui uma sugestão de pesquisa para saber se os metodos "arcaicos" da biblia funcionam/ acompanhe familias que eduquem seus filhos pelo metodo "arcaico" e outras familias que deixam a criança entregue a si propria, comparem os resultados! Palmada não mata, nem traumatiza ninguem! Eduque a criança hoje para não punir o adulto amanhã!

    ResponderExcluir