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terça-feira, 6 de julho de 2010

Os Gigantes que Davi não Venceu


Os Gigantes que Davi não Venceu
Tipo: Esboços e estudos bíblicos / Autor: Diaconisa Cida Augusto
site:www.atosdois.com.br
Qual a visão que se tem de um gigante? É de alguém ou algo muito poderoso e muito forte e até com aparência invencível. Normalmente, o cristão já está acostumado a se deparar com esse tipo de coisa.
No decorrer de toda nossa vida, nos deparamos com gigantes, verdadeiros GOLIAS, que já parecem vitoriosos mesmo antes de agirem. Tamanha é a fúria com que atacam. São os problemas cotidianos, como dificuldades financeiras, desemprego, enfermidades, desanimo violência, adversidades, perseguições, inconstância, etc.
Porém, os piores “gigantes” são os que residem dentro do próprio homem. Existem ainda, e muitos perigosos os “gigantes espirituais” que procuram nos escravizar no pecado e também desviar o crente dos caminhos do Senhor. Mas quero destacar neste estudo os Golias que Davi o homem segundo o coração de Deus não conseguiu vencer. Os “gigantes” que o rei Davi não conseguiu vencer, pois eram na verdade, desejos e pecados que residiam no seu íntimo, esses “gigantes” se instalam no coração do homem, é porque ele já não ouve mais a voz de Deus, e sim a voz do nosso pior adversário! Neste caso o que predomina é a investida do diabo para derrubar servos e servas do Senhor: _ o orgulho - egoísmo - a rebeldia, levando-os a inevitável queda. Vejamos os gigantes que levaram ao REI DAVI À QUEDA.
O gigante da TENTAÇÃO - é o sentimento que alguém tem quando deseja tomar uma atitude que contraria seus valores e crenças.
Provérbios 27.20 diz que "os olhos do homem nunca se satisfazem" Nosso rei em questão cobiça Bate-Seba, mesmo tendo mais de seis esposas e quem sabe quantas concubinas.
A tentação pode ser considerada como um teste difícil, uma provocação ou uma prova que se tem de transpor e sair vitorioso. No aspecto espiritual, é uma tentativa satânica a fim de levar o homem a cometer atos que desagradem a Deus, e em seguida aprisioná-lo nas malhas diabólicas. Foi assim que aconteceu com Adão e Eva, desde o princípio da vida humana. Infelizmente, eles se deixaram levar pelo engano (Gn. 3.6).
Em II Sm o capítulo 11 registra a tentação, o pecado e a queda trágica de Davi. (o rei comete adultério) Ao invés de ir adiante do seu exército na batalha, conforme fizera antes, Davi ficou em Jerusalém. Em tempo de guerra não é para descansar ou tirar folga como fez Davi. Ele não apenas errou em não liderar o povo para guerra, como deixou de cumprir as exigências das leis de guerra (Deut. 20). Deus determina que os lideres de Israel sejam os primeiros a anunciar a guerra e dela participar. O líder é o primeiro a se expor na batalha, ele deve dar o exemplo em tudo. Portanto, sua vida de conforto e luxo como rei desenvolveu em Davi a auto confiança e a imoderação. Foi nesse tempo, que ele deixou de ser homem segundo o coração de Deus I Sm. 13.14. Embora Davi tenha se arrependido dos seus pecados e recebido o perdão da parte de Deus, as conseqüências disso não foram eliminadas por Deus. Significa que mesmo restaurado o nosso relacionamento com Deus, não quer dizer que escaparemos do castigo temporal, nem que ficaremos isentos das conseqüências dos pecados específicos (vs. 10.11.14).
Deus não deixou passar, nem desculpou os pecados de Davi, sob o pretexto dele ser um mero ser humano; que os seus pecados eram simples fraquezas ou falhas humanas, ou que ele, como rei, teria o direito natural de recorrer à injustiça e à crueldade.

O Gigante do ADULTÉRIO - é uma palavra que derivou da expressão em latina ad alterum torum que significa literalmente na cama de outro (a), ou seja, infidelidade conjugal.
O capítulo 11 de II Samuel começa com a narrativa dos problemas de Davi e revelam a falha, o lado humano desse homem essencialmente devoto. Davi é perturbado com a tentação quando vê Bate-Seba se banhando à tarde em seu próprio pátio. Davi tomou a iniciativa de procurar saber quem era ela. Davi mandou chamá-la. Davi olhou, cobiçou e consumou o pecado. A gravidez de Bate-Seba não estava nos planos de Davi, pois revelaria o adultério, o rei planeja uma saída,
Frustrados o plano A de Davi. Dá folga para Urias ir para sua casa( lembre-se o tempo era de gerra e não de paz) Tendo em vista que Urias se recusou a ir para sua casa dormir com sua linda esposa, a única alternativa encontrada por Davi para “proteger” seu nome era dá seqüência ao plano B planeja a morte “acidental” Urias imediatamente a fim de proteger-se a si mesmo e encobrir seu pecado de adultério, Davi derramou sangue inocente. Os pecados que Davi estava cometendo eram: adultério, homicídio a sangue frio e o encobrimento hipócrita de tudo, Davi se tornara réu da quebra do sexto, sétimo, oitavo, nono e décimo mandamentos (Ex. 20.13-17). Seus pecados eram ainda mais graves, porque ele era pastor do povo de Deus e responsável pela administração da justiça e da retidão em Israel (2Sm. 8.15).
O pecado de Davi foi perdoado por Deus, visto que a pena de morte e a condenação eterna foram suspensas (I Jo. 3.15). Deste modo, Davi foi restaurado à salvação e à comunhão com Deus. Apesar disso, sua reputação ficou manchada de modo permanente, e os efeitos do seu pecado continuaram pelo resto da sua vida e da história da sua família.
A experiência de Davi, uma vez perdoado e restaurado, é uma séria lição para quem pensa que o pecado é algo banal; algo que Deus simplesmente perdoa e esquece. Em 2 Sm. 12.10 lemos assim:“Não se apartará a espada jamais da tua casa”. Deus julgou Davi e a sua família, sob a forma de violência, conflito e homicídio (isto é, a espada) pelo restante da sua vida!

O Gigante: da MALÍCIA. - Tendência para o mal. Malignidade. Astúcia; esperteza.

A malícia é uma tendência para o mal que não se expressa à primeira vista. A malícia, inicialmente, fica encoberta e passa despercebida. A pessoa maliciosa maquina o mal em seu coração e suas ações são sutis, como se fossem uma teia para envolver a pessoa que se encontra em sua mira. È obra da carne (Gl. 5.19.20), assim sendo é contraditória à vontade de Deus.
A malícia representa uma tendência vigorosa para o mal, má índole, esperteza, astúcia, habilidade para enganar, artimanhas, falsidade, intenção maldosa, e fingimento.
A Bíblia registra casos de várias pessoas que, usando de má fé, malícia ou astúcia conseguiram concretizar seus desejos. Mas para todos os casos, o resultado foi a reprovação de Deus e conseqüentemente o Seu juízo. A fraqueza é própria da natureza humana. Citemos o caso do rei Davi que era um homem segundo o coração de Deus (I Sm. 13.13-14). O pecado cauteriza a mente do homem! Davi planeja o homicídio de Urias o astuto, Davi agiu como se estivesse enviando o guerreiro de volta ao campo de batalha, o próprio Urias (inocente, fiel) levava ao general Joabe uma carta do rei que ordenava a própria e injusta execução. Em I Jo. 3.12-15 lemos assim a palavra de Deus: ”Qualquer que aborrecer a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna”. Davi poderia ter restaurado a sua comunhão com o Senhor através do arrependimento sincero, de todo o coração, mas não teve forças para isso (Sl. 51).

O Gigante do ORGULHO - é um sentimento de satisfação pela capacidade ou realização ou um sentimento elevado de dignidade pessoal vaidade, ostentação, .
O orgulho em algumas situações pode ser considerado como um sentimento de dignidade, de auto confiança pessoal, brio, altivez, principalmente quando é vivido em um grau de satisfação e felicidade por algo conquistado. O orgulho é considerado pecaminoso pela Bíblia, ou melhor, pelo próprio Deus. Traduz o conceito elevado ou exagerado de si próprio; o amor próprio exarcebado que leva à soberba, isto é, um orgulho exagerado; também considerado como arrogância, insolência e brutalidade. Davi comete um erro O CENSO pensou que fazendo o censo de toda a nação, Deus aprovaria a sua atitude. Deus permitiu que Satanás tentasse Davi, após ter realizado muitos feitos e obtido grandes vitórias (2 Sm. 24.1). Davi caiu no laço do engano, é bom observarmos que foi depois de grandes vitórias e realizações de Davi, que o diabo conseguiu essa brecha na vida do rei.
No capítulo 21.7 diz assim: ”E esse negócio também pareceu mal aos olhos de Deus, pelo que feriu a Israel”. É provável que o povo aprovasse o desejo pecaminoso de Davi, de recensear o povo. O orgulho, visto como erro foi visto até pelo insensível Joabe que percebera que esse censo do povo era um grande pecado que envolveria todo o Israel na culpa. E aconteceu o inevitável: o povo ficou tomado de um espírito de orgulho nacional, e acabaram também participando do pecado de Davi, ficando todo o povo sujeito também ao castigo.
Ao numerar o povo, ele estava procurando exaltar a sua própria pessoa e o poderio militar da nação de Israel, e de depender unicamente desse poderio. Tal presunção inevitavelmente torna a pessoa autoconfiante, tomada de superioridade e vivendo sem fé e sem humildade. Davi deveria se lembrar de que todas as vitórias de Israel vieram pela mão do Senhor. De igual modo, o crente nunca deve se gloriar em sua própria grandeza no reino de Deus, mas nas suas próprias fraquezas.
Em I Cr. 21.11 O profeta Gade transmite uma ordem inusitada de Deus; Davi deveria escolher sua própria punição (vs.9-13). Davi escolhe uma praga e Deus envia uma peste a toda Israel, ocasionando a morte de cerca de setenta mil homens! Há um fato interessante que não podemos deixar de destacar nesse episódio. Ainda em I Cr. 21.13 Davi diz ao profeta Gade: “Estou em grande angústia; caia eu, pois nas mãos do Senhor, porque são muitíssimas as suas misericórdias; mas que eu não caia nas mãos dos homens”.
Davi estava emocionalmente comovido pelo sofrimento do seu povo, mas também tinha o desejo de agir em favor deles. Davi sabia que Deus poderia perdoá-lo por toda a sua transgressão. Agora, seu coração reconhece que Deus é quem merecia todos os privilégios das suas conquistas. Ele era limitado, Deus não. Os resultados do orgulho serão sempre dramáticos (Pv. 29.23).
O Senhor é um Deus que pode se compadecer, mesmo daqueles que merecem ser castigados. Por causa do seu amor, misericórdia e compaixão, Deus pode abreviar ou até mesmo cancelar um castigo que Ele ia aplicar.
O Gigante da TRAIÇÃO - é uma ruptura completa da decisão anteriormente tomada ou das normas presumidas pelas outros. (É o rompimento ou violação da verdade ou da confiança)
A traição é baseada na mentira. É um dos piores, senão o pior golpe que alguém pode receber de um amigo ou de uma pessoa que se considera ou que se ama. Traição pode ser entendido como deslealdade, desapontamento da expectativa de alguém: é desvendar os segredos de outrem, entregar um amigo aos seus inimigos; é também decepcionar um amigo além de ser contada como engano, infidelidade, perfídia e desonestidade.
A traição fere muito porque vem sempre de alguém em quem se deposita confiança. Parece que, em conseqüência desse fato, torna-se mais difícil perdoar uma traição do que outra qualquer afronta. Um fato que ilustra muito bem está registrado no Salmo 55. Davi orava pedindo ao Senhor socorro e fazia um relatório da situação em que se encontrava a cidade de Jerusalém.
Mesmo vivendo aquela situação de tortura, crimes e maldades sem limites, o que mais feria Davi e abalou o seu estado emocional, foi à traição de seu filho mais querido: Absalão (Sl.55.12-15). A traição foi deveras um golpe muito forte para Davi. Homem acostumado a enfrentar inimigos valentes e sempre sair vencedor, agora se depara com outra espécie bem diferente de inimigo. Seu próprio filho o traia!
No coração de Absalão nasceu um ódio, um rancor exagerado, que passa agora a fazer parte de suas manobras. Um filho rebelde, insubmisso, violento, que por causa de suas atitudes erradas, se distancia de seu amado pai. Ele já não tem mais como ficar na presença de seu pai. Matou o próprio irmão, fugiu, então passa dois anos distante de todos, e quando volta é para difamar seu pai. O capítulo 15 de 2 Sm nos informa que Absalão começa a maquinar a derrubada do rei. Reunia seus homens e ficava na porta da cidade abordando as pessoas que vinham à Jerusalém buscar auxílio do rei para as suas necessidades. Dizia às pessoas: “se eu fosse o rei não deixaria você nessa situação”.
E le foi destruindo a imagem que o pai construíra em 40 anos de monarquia. Seu propósito era semear inimizade por onde passava. Davi não conseguiu fazer as pazes com seu filho Absalão, de modo que, tempos depois seu filho acabou morrendo vergonhosamente pendurado num carvalho com o seu exército desbaratado. Sabemos que Davi como rei, obteve sucesso em tudo que fazia. A Bíblia está cheia de relatos vitoriosos da vida desse homem, que alcançou êxito como pastor de ovelhas, escudeiro do rei Saul, matou o gigante Golias, derrotou os filisteus, amalequitas, expandiu o território de Israel cerca de dez vezes mais, reorganizou o exército, contribuiu com a construção do Templo, enfim conseguiu feitos extraordinários em todo o Israel. Davi exigiu de si mesmo inúmeras realizações que o deixaram no topo das atenções. Todavia, nem sempre o sucesso é tudo na vida. Ao descuidar-se de outras áreas importantes da sua vida, acabou fracassando na sua área familiar.
Ficamos pensando em histórias não muito felizes como essa, acontecendo pelos quatro cantos do mundo. É fácil vermos isso na igreja atual, muita gente convertida, comprometendo-se a mudar, mas que na verdade, dificilmente mudam o seu caráter. Freqüentam igrejas poderosas, mas não abandonam a mentira, praticam o adultério, cobiçam cargos na igreja, fazem fofocas, escandalizam, enganam, e não oram quando são tentados.
Nessas áreas, parece que já não há mais o temor de Deus, e quando se perde o temor de Deus, passamos a ouvir a voz do diabo. A Bíblia mostra toda a vida de Davi, nada é empurrado para “debaixo do tapete”. Possamos então nos alerta sobre esses enganos, e refletirmos sobre os erros que tiveram os grandes homens de Deus, reis e profetas, e aprendermos que esses desacertos, que de nada servem para o povo de Deus!
Devemos sim, sermos verdadeiras ovelhas de Jesus. Em Efésios 5.1, Paulo escreveu muito bem dizendo: “Sede, pois imitadores de Deus, como filhos amados”. Significa que devemos rejeitar decisivamente todos os tipos de impurezas aqui na terra. É preciso que haja uma visível diferença entre o estilo de vida do cristão com os que são desse mundo. Afinal de contas, se não formos imitadores de Deus, imitaremos a quem?
Que o Senhor te abençoe poderosamente em todas as áreas da tua vida!

Um comentário:

  1. Quantos gigantes a derrotar dentro de nós, pq aquele que pensa que está de pé cuide para que não caia diz a palavra do senhor. Bjão querida, Deus te abençõe, a palavra do senhor não muda, muitas vezes nós é que queremos moldá-la às nossas necessidades. Te amoooo

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